Silas Malafaia se irrita com PF após citação em inquérito sobre Bolsonaro

O pastor Silas Malafaia reagiu com indignação e ironia ao ser informado de que a Polícia Federal (PF) declarou não ter conseguido localizá-lo para prestar depoimento em um inquérito que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro. A investigação apura o possível uso indevido de recursos públicos em atos políticos realizados no feriado de 7 de Setembro de 2022.

Segundo Malafaia, a justificativa da PF não se sustenta. O pastor afirmou estar no mesmo endereço há mais de 15 anos e questionou a eficiência da corporação. “Eu moro no mesmo local desde 2008. Já recebi todo tipo de intimação, inclusive da própria Polícia Federal. Agora vêm dizer que não me acharam? Desde quando se faz intimação por telefone? Isso é uma piada”, disse o religioso.

Segundo Malafaia, a justificativa da PF não se sustenta. O pastor afirmou estar no mesmo endereço há mais de 15 anos e questionou a eficiência da corporação. “Eu moro no mesmo local desde 2008. Já recebi todo tipo de intimação, inclusive da própria Polícia Federal. Agora vêm dizer que não me acharam? Desde quando se faz intimação por telefone? Isso é uma piada”, disse o religioso.

O depoimento de Malafaia seria parte fundamental da apuração sobre o financiamento dos trios elétricos utilizados por Bolsonaro em manifestações públicas tanto no Rio de Janeiro quanto em Brasília. Os investigadores querem entender quem arcou com os custos da estrutura utilizada nos eventos, que foram marcados por discursos políticos e apoio explícito ao então presidente.

Pastor assume pagamento de trio no Rio

Durante entrevista concedida à imprensa, Malafaia confirmou que foi ele mesmo quem custeou o aluguel do trio elétrico utilizado no evento em Copacabana, no Rio de Janeiro. Segundo o pastor, a contratação foi feita de forma legal e ele apresentou uma nota fiscal no valor de R$ 34,7 mil para comprovar a transação.

“O trio do Rio fui eu que paguei, com nota fiscal e tudo. Já o de Brasília não tem qualquer relação comigo. Foi organizado por outro grupo, do qual não faço parte”, explicou Malafaia, tentando afastar qualquer suspeita de envolvimento com recursos públicos.

Entenda o contexto da investigação

A Polícia Federal instaurou um inquérito para apurar possíveis crimes de peculato e falsidade ideológica relacionados aos eventos do 7 de Setembro de 2022. As suspeitas giram em torno do uso de dinheiro público para viabilizar as manifestações que teriam beneficiado eleitoralmente Bolsonaro.

A investigação também se desdobra em esferas distintas. No âmbito eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já condenou Bolsonaro à inelegibilidade, o impedindo de disputar eleições nos próximos anos. O general Braga Netto, que compôs a chapa presidencial como vice, também foi declarado inelegível. Ambos ainda foram punidos com multas pesadas: R$ 425 mil para Bolsonaro e R$ 212 mil para Braga Netto.

Já na esfera criminal, o inquérito corre sob responsabilidade do Supremo Tribunal Federal (STF), uma vez que os fatos ocorreram durante o exercício do mandato presidencial. Caso fique comprovado que houve uso indevido da máquina pública com fins eleitorais, Bolsonaro poderá responder judicialmente por crimes graves, como peculato.

Malafaia critica o processo

Diante das alegações da PF, Silas Malafaia não poupou críticas. Para ele, a narrativa de que não foi encontrado é incoerente e levanta suspeitas sobre a condução do processo. “Sempre fui fácil de localizar. Isso é estranho, pra dizer o mínimo. Parece mais uma tentativa de narrativa do que um erro real”, afirmou.

O pastor, que é um dos principais aliados de Bolsonaro no meio evangélico, segue afirmando sua inocência e transparência em relação aos eventos que participou. Ele também defende o ex-presidente, alegando perseguição política e tentativas de desmoralização por parte de setores da Justiça e da mídia.

Posicionamentos pendentes

Até o momento, nem a Polícia Federal nem o Supremo Tribunal Federal se pronunciaram oficialmente sobre a manifestação pública de Silas Malafaia. O pastor, por sua vez, segue ativo em suas redes sociais e declara que está à disposição para colaborar com qualquer investigação, desde que conduzida com isenção e responsabilidade.

Com Fuxico Gospel

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