Pastor manda fiéis não dizimistas “se ferrarem” e chama sua igreja de pocilga

O polêmico pastor Sandro Rocha voltou a ser alvo de críticas nas redes sociais após declarações consideradas ofensivas e desrespeitosas durante uma entrevista concedida ao programa “Eu Acredito Podcast”. Conhecido por já ter propagado teorias conspiratórias — como a ideia de que o presidente Lula teria morrido e sido substituído por um sósia —, o líder religioso mais uma vez causou revolta ao afirmar que sua igreja é uma “pocilga” e que fiéis que não entregam o dízimo “devem se ferrar”.

As falas viralizaram rapidamente e geraram forte repercussão, sobretudo pelo tom agressivo usado por alguém que se apresenta como guia espiritual. Segundo ele, a igreja lhe pertence porque foi “entregue por Deus”, e quem não concordar com sua postura está livre para procurar outra denominação. “Aqui quem manda sou eu”, disparou.

Rocha também criticou a estrutura da Igreja Batista, ironizando o modelo em que os membros participam das decisões e podem, se necessário, substituir o pastor. Para ele, isso não se aplica à sua realidade. Em suas palavras, a liderança é centralizada e quem discorda deve simplesmente sair.

O trecho mais impactante da entrevista, no entanto, foi o momento em que o próprio pastor se refere ao templo onde prega como uma “pocilga” — termo que, em seu sentido literal, designa o lugar onde se criam porcos. Em linguagem popular, a palavra carrega um peso ainda maior, sendo usada para descrever locais considerados imundos, degradados ou indignos.

A comparação foi recebida como um insulto direto à sua própria comunidade. Para muitos internautas, a declaração revela não só desprezo pelos membros, mas também um descompromisso com o cuidado pastoral, que deveria zelar por suas “ovelhas” com dignidade, e não rebaixá-las com termos ofensivos.

A repercussão negativa reacendeu discussões sobre limites na liderança religiosa e os perigos da retórica abusiva travestida de autoridade espiritual. Vozes do meio evangélico alertam que espiritualidade verdadeira não se sustenta em autoritarismo nem se alimenta de agressividade, muito menos de manipulação emocional mascarada como “franqueza pastoral”.

O episódio evidencia como certas lideranças confundem autoridade espiritual com autoritarismo pessoal, ferindo a dignidade dos próprios fiéis. Declarações como essa não apenas escandalizam, mas enfraquecem o testemunho do Evangelho diante da sociedade.

O Fuxico Gospel

Postagens relacionadas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *