Funcionários da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), presidida pelo pastor Silas Malafaia, têm reclamado publicamente de atrasos no pagamento de salários e na liberação do vale-alimentação. Segundo relatos obtidos pela reportagem, a situação vem gerando insatisfação entre trabalhadores de diferentes setores da instituição, incluindo áreas administrativas e de apoio.
De acordo com funcionários, os valores referentes ao último mês ainda não foram creditados, e o benefício do ticket alimentação — destinado a complementar a renda para compra de alimentos — também não foi disponibilizado dentro do prazo habitual. A denúncia aponta que a situação se repete e não seria a primeira vez que os pagamentos sofrem atrasos.
Trabalhadores ouvidos sob condição de anonimato afirmam que já ocorreram episódios semelhantes em meses anteriores. Alguns mencionam que, nessas ocasiões, o pagamento acabou sendo regularizado semanas depois, mas sem qualquer comunicado prévio que explicasse os motivos do atraso.
“A gente depende desse dinheiro para pagar contas e comprar comida. É muito complicado não ter uma data certa para receber”, disse um dos funcionários, que preferiu não se identificar.
Embora a extensão do problema não tenha sido oficialmente confirmada, há registros informais de que a ADVEC já enfrentou, em outros momentos, dificuldades para manter a pontualidade no pagamento de seus colaboradores. Funcionários afirmam que, em determinadas ocasiões, o atraso se limitou ao salário, enquanto em outras também atingiu benefícios, como o vale-alimentação.
A ADVEC é uma das maiores igrejas neopentecostais do país, com templos espalhados em diversos estados e forte presença na mídia por meio de transmissões televisivas e canais digitais. Por conta de seu porte e estrutura, qualquer atraso no cumprimento de obrigações trabalhistas tende a impactar um grande número de colaboradores.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da igreja para comentar o assunto. Até o fechamento desta matéria, a instituição não se manifestou.
Enquanto aguardam um posicionamento oficial, funcionários seguem cobrando explicações e aguardando o depósito dos valores atrasados. Alguns afirmam que, diante da recorrência, já reorganizaram suas finanças para lidar com possíveis atrasos futuros, mas ressaltam que essa não deveria ser uma preocupação para quem tem vínculo formal de trabalho.
Com Fuxico Gospel