Assim como chegou ao fima aliança entre o ex-prefeito Luciano Agra (in memoriam) e o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), por conta de divergências de atitudes e comportamentos, também chegou ao fim o relacionamento político/administrativo entre o governador João Azevêdo (PSB) com o ex-chefe do executivo. Segundo o líder do governo João na Assembleia Legislativa da Paraíba, a ruptura está em curso, já nos seus finalmentes.
“É inegável que nós temos aí em curso, já nos finalmente, um processo de ruptura entre o ex-governador e o governador João Azevêdo, que já há algum tempo não tem entre ambos nenhuma comunicação”, disse.
Segundo o parlamentar, João, em respeito ao legado, e a história construída colocou panos quentes e tentou evitar o racha diante do episódio da dissolução do diretório do PSB paraibano, mas isso não foi possível. O parlamentar ainda adiantou que, para 99% dos aliados, João deveria ter, naquele momento, afastado os ‘desertores’, mas não o fez, sempre primando pela história, na tentativa da busca pelo entendimento.
“João, em respeito a toda história construída juntos, a um legado de continuar, de ser o sucessor desse projeto, até gastou tempo. Se você perguntasse na Assembleia se essas exonerações deveriam ter ocorrido, elas deveriam ter ocorrido no outro dia do episódio da dissolução do diretório presidido por Edvaldo Rosas. Para 99%, isso deveria ter acontecido naquele momento, mas o governador João, em respeito a toda a história, foi vendo se as coisas se acomodavam, se havia uma saída que não fosse a da ruptura, com a serenidade que lhe é própria, a cautela, a calma no trato da coisa pública, isso infelizmente não foi possível”, lamentou.
Barbosa ainda lamentou a forma como o ex-governador Ricardo se comportou perante a imprensa, com declarações ácidas e críticas ao bloco aliado. “O que nós vimos foi um recrudescimento, os episódios, os posicionamentos de alguns deputados e deputadas, as falas do próprio ex-governador Ricardo em entrevistas, os ataques, os assaques, as fustigadas”, lembrou.
Para o deputado, outro problema diante do episódio foi a falta de compreensão, por parte de alguns integrantes do governo Ricardo, que permaneceram na gestão João, de que o governador era outro. Apenas o governo era de continuidade, a sequência dos projetos.
“Ainda tem pessoas que não incorporaram o estilo do novo governo, que ainda acham, pela relação pessoal que tem com o ex-governador, que Ricardo Coutinho continuava governador. E não continua. A Paraíba legou e delegou a João Azevêdo a condição de governador. É preciso que as pessoas entendam e hajam dentro de um contexto de que o governador é outro, o governo é outro, embora de sucessão”, argumentou.
Sobre as exonerações, Barbosa também ressaltou que ainda havia insubordinações ao comando de João Azevêdo e por isso algumas exonerações tiveram que ser efetuadas.
“No caso das exonerações, isso era fragrante. A incompatibilidade de reconhecimento ao comando político e administrativo do governador João, e João não tinha outra saída, o fez. João já disse categoricamente em reunião que fez com secretariado, disse em declaração a imprensa, é que as pessoas entendam e compreendam que esse é um novo governo, de sequenciamento, de continuidade, mas é um novo governo, com um novo gestor, com um novo governador, com nova mentalidade, com um novo perfil, então, àqueles que compreenderem ficarão, até porque todos esses que aqui estão participaram dessa construção, também não tem esse clima de demissão em massa”, arrematou.
Com Blog do Ninja